quarta-feira, 25 de maio de 2011

Gestão Nota 10 no Piauí: qualidade do diretor faz a diferença

A escola Centro de Tempo Integral Professor Raldir Cavalcante, na periferia de Teresina, não tem biblioteca, não tem sala de informática, mas pode ser considerada uma escola do futuro. Em 2009, o Índice de Desenvolvimento da Educação Básica, o Ideb, da Raldir Cavalcante foi de 6,2 , meta que o Brasil fixou para suas escolas em 2022. A escola atende a 273 alunos, de 1ª a 4ª séries, e em 2010 apenas nove deles repetiram de ano. O índice de faltas de professores e alunos foi zero. Os 200 dias do calendário escolar foram cumpridos e 100% dos alunos foram alfabetizados ao final da primeira série. A fórmula mágica foi envolver os pais na educação dos filhos e nas atividades da escola. Na Raldir Cavalcante as aulas também são planejadas e acompanhadas diariamente; com registro das tarefas feitas e frequência dos alunos. As crianças passam o dia na escola; tomam banho e também tiram um cochilo depois do almoço em colchonetes espalhados pelas salas. O que fez esta escola se diferenciar da média do Piauí – onde 31% das crianças do Ensino Fundamental não cursam a série correspondente à idade - é seu diretor, Carlos Eduardo Rodrigues. Carlos é o primeiro a chegar na escola, às 5h40, acompanha de perto o aprendizado dos alunos, articula e está presente em todas as atividades escolares. Para a dedicação ser total, comprou uma casa bem próxima à escola, que fica em um conjunto habitacional feio e violento – o Renascença II. “Eu morava com meus pais em um bairro de classe média. Eles quase morreeeram do coração quando me mudei. Ficaram com medo. Mas hoje eles vêem que valeu à pena o esforço”, conta o diretor. Em 2007, o Ideb da Raldir Cavalcante era de 3,7 e sobravam vagas na escola. Em 2011, a escola ofereceu apenas 58 vagas para novas matrículas e teve que abrir lista de espera. A Raldir Cavalcante faz parte do Programa Gestão Nota 10, do Instituto Ayrton Senna, adotado como política pública nas redes estaduais e municipais de Teresina. (Valéria Propato)


Fonte Instituto Ayrton Senna

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